O Wagyu é uma raça taurina, mas se adapta melhor ao clima brasileiro do que as raças européias. Ele não tem tantos problemas com estresse térmico, lembrando sempre que não pode ser considerado como um zebuíno, que é muito mais adaptado ao clima tropical. Esta adversidade obrigou os criadores a se adequarem e se especializarem em cruzamentos com as raças zebuínas, como conta Belarmino Iglesias: “No nosso entender, no Brasil você não vai conseguir produzir uma carne com o grau de marmoreio que se consegue no Japão pelo fato de aqui ser trópico. Mas, cruzando o Wagyu a partir do Zebu, do Nelore, do Brahman, vindo pra raças britânicas, você vai fazer um bife muito ‘importante’.”, garante Belarmino, que via na rusticidade o maior receio de problemas de adaptabilidade do boi nos pastos brasileiros: “Ela é de uma adaptabilidade, de uma rusticidade, que era o nosso temor há uns anos atrás; e é super adaptada, não requer maiores cuidados do que um Aberdeen Angus puro ou do próprio Brangus, então nós estamos muito satisfeitos com os resultados em se tratando de genética, que vamos apresentar brevemente”, afirma.
O maior trunfo dessa raça é sem dúvida a maciez da carne: “É o seu diferencial. As raças zebuínas sofrem com uma limitação de maciez. A fibra muscular dessas raças é mais longas, o que impede de se conseguir maior maciez. As raças européias sofrem mais com problemas de adaptação ao clima brasileiro. O Wagyu possui uma carcaça e maciez da carne semelhante aos bois de origem européia, mas se adaptam melhor no trópico do que essas raças”, afirma Rogério Uenishi.
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